Não matem as Papoilas


Elas são selvagens
E belas.
Deleitam-se no oiro das searas.
Escarlates,
São, como rubis,
Preciosas
E de coração bravo.
Integras e fortes
Bamboleiam-se ao sabor do vento
Sem, contudo, se deixar vergar.
Vaidosas,
Pintam os verdes campos
Com tons fortes de vermelho.
Vermelho sangue
Do seu generoso e indomável coração.
Resilientes,
Persistentes,
Pacientes,
Aguardam o tempo e a hora,
No escuro, na sombra,
Sob a terra que amam,
As alimenta e protege,
Para voltar a florir.
Indomáveis, serenas e firmes
São, elas, as Papoilas.
Somente a maldade humana as poderá exterminar.
Não matem as Papoilas
Elas são o melhor da humanidade.

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