Persistência ou Teimosia?

Foto de Edward Kopeschny

Lembro-me bem. Eu era jovem e o meu Pai olhava para mim, abanava a cabeça e dizia - És a pessoa mais teimosa que eu conheço.
Eu ria-me e dizia: - Ó Pai, não sou nada. Eu sou é persistente. E ninguém me faz mudar de opinião, sem me demonstrar que estou errada. Além disso, gosto de perceber e pesar as coisas e só depois é que decido.
Ele ria-se também e, com aquele gesto que lhe era tão peculiar, coçava a cabeça atrás, na parte superior. Se estivesse de boné ou chapéu, como tantas vezes acontecia, estes moviam-se, ligeiramente, para baixo e para cima, ao ritmo do coçar de cabeça.
Este gesto queria dizer que estava a pensar, mas que não tinha lá muita certeza se as conclusões a que estava a chegar eram as mais certas.

Foto de Yuzuru Masuda

Na verdade, para mim, a opinião do meu Pai era importantíssima. A sua sensatez, honestidade e sentido de justiça eram verdadeiramente exececionais e, ainda hoje, quando tenho que decidir alguma coisa importante, ou mesmo não tão importante assim, penso sempre no que ele me responderia e acho que acabo por fazer à minha maneira, mas sempre seguindo o fundamental daquilo que seria a sua opinião.
Esta introdução vem a propósito da minha persistência, ou será teimosia, ao tentar, durante estes dois dias, que o blog aceitasse as minhas últimas publicações sem apresentar falhas. 

Foto de Austin Thomas

Pois, por quaisquer configurações, do mesmo, que desconheço, as várias publicações que já fiz relativas ao  "HILARIOUS WINNERS OF THE FIRST ANNUAL ‘COMEDY WILDLIFE PHOTOGRAPHY AWARDS’"   acabam sempre por provocar o desaparecimento de uma ou mais crónicas, das respetivas páginas, e para qualquer pessoa que visite o blog só consegue chegar às mesmas através do Arquivo do blog, dos "Recent Posts" ou clicando em "mensagem antiga" ou mensagem mais recente", no rodapé das crónicas imediatamente anteriores ou posteriores. 
Comecei por publicar apenas num post, depois tentei eliminar o problema dividindo o post em 4, 6, 7 e 8 posts diferentes e finalmente apenas em 2. Mas, nada resultou completamente, sendo que a opção melhor parece ter sido a dos 8 posts, pois apenas uma das publicações fica oculta, no caso a "A sua atitude foi de homem".

Julgo que o problema se prende com a dimensão das fotografias e, também com o facto de o  modelo que se encontra aplicado no blog não ser do Blogger, mas, sim, um modelo que com ele é compatível, mas no qual só é possível realizar alterações mais complexas tendo conhecimentos de programação e de diferentes linguagens informáticas e não através do blogger, como é normal fazer-se nos seus próprios modelos.

Pelo que, pelo menos por agora, vou desistir, Poderia ainda distribuir as fotos por 9 ou 10 posts diferentes, mas, para já, não o vou fazer.

Foto de Ashish Inamdar

Por vezes, temos que aceitar que não sabemos resolver as situações sozinhos e temos que pedir ajuda a alguém, ouvir as suas opiniões ou ir aprender com quem sabe.
Nesta situação, o continuar a tentar só faria com  que estivesse a publicar e anular publicações continuamente, até encontrar o número de posts exatos. Mas, ainda que resolvesse esta questão, nunca saberia bem o que causara o problema, nem como iria resolver outro semelhante que ocorresse.
Pois é, não sabemos tudo, não estamos sempre certos, não conseguimos resolver todas as coisas sozinhos. 
Reconhecer, humildemente, que não somos completamente autosuficientes não é uma falha, ou uma humilhação, bem pelo contrário. Passe a contradição, devemos ter orgulho em ser humildes e em ser suficientemente inteligentes para termos a consciência de que há sempre alguém que sabe mais do que nós, acerca de determinado assunto, ou que tem mais jeito, capacidade, habilidade, competência ou conhecimento para resolver certo tipo de problemas ou como agir em determinadas circunstâncias.

Foto de Isabelle Marozzo

Se nos fecharmos aos outros, ao conhecimento, às novas aprendizagens, às opiniões diferentes ou à mudança corremos, seguramente, o risco de ficar para trás, remoendo nas falhas, nossas, dos outros ou da vida, e "publicando e anulando publicações" até à eternidade.

Ah, só para terminar, o meu Pai, tal como eu, tinha um grande sentido de humor. por isso se ria de tantas coisas na vida, dos outros e de si próprio.

Foto de Artyom Krivosheev

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